sexta-feira, 28 de agosto de 2015

OUTRAS OBRAS

OUTRAS OBRAS

Além das Obras Básicas da Codificação Espírita, Allan Kardec contribuiu com outros livros básicos de iniciação doutrinária, como:

• A obsessão;
• Catálogo racional para a criação de uma biblioteca espírita;
• Instruções práticas sobre as manifestações espíritas;
• O espiritismo em sua mais simples expressão;
• O que é o espiritismo;
• Resumo da lei dos fenômenos espíritas;
• Revista espírita, “jornal” que esteve sob sua direção por 12 anos;
• Viagem espírita em 1862.

Fonte principal: material da campanha Comece pelo Começo, da USE-SP (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo).

OBRAS PÓSTUMAS

OBRAS PÓSTUMAS (publicado em 1890)

Este livro foi publicado somente 21 anos após a desencarnação de Allan Kardec.

Obras Póstumas apresenta vários trabalhos do mestre que nunca haviam aparecido em livro. Na verdade, a maioria já havia sido publicada na Revista Espírita, logo após o seu desencarne, como pode ser verificado consultando o volume da coleção correspondente ao ano de 1869.

Constam dele a biografia de Allan Kardec (transcrita da Revista Espírita de maio de 1869) e o discurso de Camille Flammarion, pronunciado junto ao túmulo de Allan Kardec. Ao lado das obras da Codificação Espírita que formam o "Pentateuco Kardequiano", Obras Póstumas constituí valiosa contribuição ao esclarecimento de vários temas fundamentais do Espiritismo, como: Deus, a alma, a criação, caracteres e conseqüências religiosas das manifestações dos espíritos, o perispírito como princípio das manifestações, manifestações visuais, transfiguração, emancipação da alma, aparição de pessoas vivas, bi-corporeidade, obsessão e possessão, segunda vista, conhecimento do futuro, introdução ao estudo da fotografia e da telegrafia do pensamento.

Allan Kardec apresenta vasto estudo sobre a natureza do Cristo, sob vários ângulos e incorpora a este estudo a opinião dos apóstolos e a predição dos profetas, com relação a Jesus.

Paralelamente trata também da teoria da beleza, estendendo os comentários à música celeste, à música espírita e encerra a primeira parte deste livro, com a exposição do tema "As alternativas da Humanidade".

Na segunda parte relata, com detalhes, sua iniciação no Espiritismo, a revelação de sua missão, a identificação de seu Guia espiritual, além de outros fatos relacionados a acontecimentos pessoais.

Complementando, faz a apresentação da "Constituição do Espiritismo", destacando a necessidade de se estabelecer uma Comissão Central para orientar o desenvolvimento doutrinário.

É oportuno salientar que desta Constituição nasceu o Movimento de Unificação dos Espíritas do Estado de São Paulo, que vem sendo coordenado pela USE-SP - União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo desde sua fundação, em 1947.

Este livro representa o testamento doutrinário de Allan Kardec.


Fonte principal: material da campanha Comece pelo Começo, da USE-SP (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo).

A GENESE, OS MILAGRES E AS PREDICOES SEGUNDO O ESPIRITISMO

A GÊNESE, OS MILAGRES E AS PREDIÇÕES SEGUNDO O ESPIRITISMO (publicado em janeiro de 1868)

"Esta nova obra, esclarece Kardec, é mais um passo no terreno das conseqüências e das aplicações do Espiritismo. Conforme seu título o indica, ela tem por objeto o estudo dos três pontos, até agora, diversamente interpretados e comentados: a Gênese, os Milagres e as Predições, em suas relações com as novas leis decorrentes da observação dos fenômenos espíritas."

Assim, em seus 18 capítulos, destacam-se os temas: caráter da revelação Espirita, existência de Deus, origem do bem e do mal, destruição dos seres vivos uns pelos outros, refere-se também a uranografia geral, com várias explicações sobre as leis naturais, a criação e a vida no Universo, a formação da Terra, o dilúvio bíblico e os cataclismos futuros, em seguida apresenta interessante estudo sobre a formação primária dos seres vivos, o princípio vital, a geração espontânea, o homem corpóreo e a união do princípio espiritual à matéria.

No tocante as milagres, expõe amplo estudo, no sentido teológico e na interpretação espírita; faz vários comentários sobre os fluidos, sua natureza e propriedades, relacionando-se com a formação do perispírito, e, ao mesmo tempo, com a causa de alguns fatos tidos como sobrenaturais.

Desta forma, dá explicação de vários "milagres" contidos nos Evangelhos, entre eles, O cego de Betsaida, os dez leprosos, o cego de nascença, o paralítico da piscina, Lázaro, Jesus caminhando sobre as águas. A multiplicação dos pães e outros.

Posteriormente, expõe a teoria da Presciência e as Predições do Evangelho, esclarecendo suas causas, à luz da Doutrina Espírita.

Finalizando este livro apresenta um capítulo intitulado "São chegados os tempos", no qual aborda a marcha progressiva do Globo, no campo físico e moral, impulsionada pela Lei do Progresso.

Com este livro completa-se o conjunto das Obras Básicas da Codificação Espírita, também denominado "Pentateuco Kardequiano".


Fonte principal: material da campanha Comece pelo Começo, da USE-SP (União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo).



A ALMA TAMBÉM

Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhes ocupem as dependências.
Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje não extirpado será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos da neurastenia capaz de esgotar-nos as forças.

Tratemos também de nossa afeição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável.

Empenhemo-nos de semelhante maneira, na triagem do verbo para que a nossa palavra não se faça azorrague de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver. Preservamos o engenho auditivo contra a surdez.

No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe.

Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.

Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.

* * *

André Luiz - Francisco Cândido Xavier


OBSERVACOES PARA O CULTO NO LAR

Escolhe-se um dia da semana e hora em que seja possível a presença de todos os familiares ou da maior parte deles, observando-se com rigor a sua constância e pontualidade, para facilitar a assistência espiritual.

A direção do Culto do Evangelho no Lar caberá a um .dos cônjuges ou a pessoa que disponha de maiores conhecimentos doutrinários. Cabe lembrar, no entanto, que por se tratar de um estudo em grupo não é necessária a presença de pessoas com cultura doutrinária. Na pureza dos ideais e na sinceridade das intenções, todos aprenderão juntos, auxiliando-se mutuamente.
É importante que os temas sejam discutidos com a participação de todos, na medida do possível, sem imposições, para evitar-se constrangimentos.

Deve-se buscar um ambiente amistoso, de respeito, pois, viver e falar com Jesus é uma felicidade que não se deve desprezar.
Antes do início da reunião, prepara-se o local, colocando-se em cima da mesa água pura, em uma garrafa, para ser beneficiada pelos Benfeitores Espirituais, em nome de Jesus.


1. Leitura de uma mensagem

A leitura inicial de uma mensagem poderá, após, ser comentada ou não. Ela tem por objetivo propiciar um equilíbrio emocional, procurando harmonizá-lo com os ideais nobres da vida, a fim de facilitar melhor aproveitamento das lições.

Poderemos lembrar obras com "Pão Nosso", "Fonte Viva", "Vinha de Luz", "Caminho, Verdade e Vida", "Palavras de Vida Eterna", "Ementário Espírita", "Glossário Espírita Cristão".


2. Prece Inicial

"Dando curso ao salutar programa iniciado por Jesus, o de reunir-se com os discípulos para os elevados cometimentos da comunhão com Deus, mediante o exercício da conversação edificante e da prece renovadora, os espiritistas devem reunir-se com regularidade e freqüência para reviver, na prece e na ação nobilitante, o culto da fraternidade, em que se sustentem quando as forças físicas e morais estejam em deperecimento, para louvar e render graças ao Senhor por todas as suas concessões, para suplicar mercês e socorros para si mesmos quanto para o próximo, esteja este no círculo da afetividade doméstica e da consanguinidade, se encontre nas provações redentoras ou se alongue pelas trilhas da imensa família universal."

Após a leitura da mensagem, inicia-se o Culto do Evangelho no Lar, com uma prece. A oração deve ser proferida por um dos participantes, em tom de voz audível a todos os presentes e de forma simples e espontânea, não devendo ser, portanto, decorada. Os demais, acompanham-no, seguindo a rogativa, frase por frase, repetindo,-mentalmente, em silêncio, cada expressão, a fim de imprimir o máximo ritmo e harmonia ao verbo, ao som e a idéia, numa só vibração.

Na prece pode pedir-se o amparo de Deus para o lar onde o Evangelho está sendo estudado, para os presentes, seus parentes e amigos; para os enfermos, do corpo e da alma; para a paz na Terra; para os trabalhadores do Bem e etc.

A prece, além de ligar o ser humano à espiritualidade, traduz respeito pelo momento de estudo a realizar-se.


3. Estudo do Evangelho de Jesus

O estudo do Evangelho do Cristo, à luz da Doutrina Espírita - "O Evangelho segundo o Espiritismo", de Allan Kardec - poderá ser estudado de duas formas:

a) estudo em seqüência - o estudo metódico, em pequenas partes, permite o conhecimento gradual e ordenado dos ensinamentos que o livro encerra. Após o seu término, volta-se, novamente, ao capítulo inicial;
b) estudo ao acaso - consiste na abertura, ao acaso, de "O Evangelho segundo o Espiritismo", o que ensejará, também, lições oportunas, em qualquer ocasião.

Os comentários devem envolver o trecho lido, buscando-se alcançar a essência dos ensinamentos de Jesus, realçando-se a necessidade da sua aplicação na vida diária.

Pode reservar-se, posteriormente, um momento de palavra livre, onde os participantes da reunião exponham situações da vida prática, para o melhor entendimento e fixação das lições.


4. Prece de agradecimento

Um dos presentes fará uma prece, agradecendo as bênçãos recebidas no Culto do Evangelho no Lar, pela paz, pelas lições recebidas etc.

PROCEDIMENTOS PARA O CULTO NO LAR

A duração do Culto do Evangelho no Lar deve ser de até 1 (uma) hora, mais ou menos.

No Culto do Evangelho no Lar deve ser evitada manifestações mediúnicas. A sua finalidade básica é o estudo do Evangelho de Jesus, para o aprendizado Cristão, a fim de que seus participantes melhor se conduzam na jornada terrena. Os casos de mediunidade indisciplinada devem ser encaminhados a uma sociedade espírita idônea.

Deve-se evitar comparações ou comentários que desmereçam pessoas ou religiões. No Evangelho busca-se a aquisição de valores maiores, tais como a benevolência e a caridade, a compreensão e a humildade, não cabendo, dessa forma, qualquer conversação menos edificante.

A realização do Culto do Evangelho no Lar não deve ser suspensa em virtude de visitas inesperadas. Deverá ser esclarecido o assunto com delicadeza e franqueza, convidando-se o visitante a participar do Culto, caso lhe aprouver.

O Culto do Evangelho no Lar não deve ser prejudicado, também, em virtude de solicitações sem urgência, recados inoportunos, passeios, festividades de qualquer ordem. Soluções razoáveis, de imediato, ou iniciativas, apôs a reunião, deve ser o caminho para superar os pretensos impedimentos.

Somente no caso de situações incontornáveis, em que todos não possam estar presentes, é que se justifica a não realização do Culto do Evangelho no Lar.

Evite-se ligar rádio ou televisão no dia do Culto, próximo e depois da hora de sua realização, bem como a leitura de jornais ou obras sem caráter edificante, para que se mantenha um ambiente vibratório de paz e tranqüilidade dentro do Lar, bem como saídas à rua, senão para inevitáveis e inadiáveis compromissos.

Presença de criança no Culto
As crianças devem, também, participar do Culto do Evangelho no Lar. Nesses casos, os adultos descerão os comentários ao nível de entendimento delas.
Recomenda-se a leitura, como subsídio, dos capítulos 35 e 36 da obra "Os Mensageiros", do Espírito André Luiz, e "Evangelho em Casa", do Espírito Meimei, psicografadas pelo médium Francisco Cândido Xavier e editadas pela Federação Espírita Brasileira.

Fonte: Setor de Ajuda do CVDEE (Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo).
Fonte: Setor de Ajuda do CVDEE (Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo).


O QUE É O CULTO DO EVANGELHO NO LAR

Trata-se do estudo do Evangelho de Jesus em reunião familiar. O Culto do Evangelho no Lar, realizado no ambiente doméstico, é precioso empreendimento que traz diversos benefícios às pessoas que o praticam.

Permite ampla compreensão dos ensinamentos de Jesus e a prática destes, nos ambientes em que vivemos. Ampliando-se o conhecimento sobre o Evangelho, pode-se oferecê-lo com mais segurança a outras criaturas, colaborando-se para a implantação do Reino de Deus na Terra.

As pessoas, unidas por laços consangüíneos, compreenderão a necessidade da vivência harmoniosa e, dentro de suas possibilidades, buscarão, pouco a pouco, superar possíveis barreiras, desentendimentos e desajustes, que possam existir entre pais e filhos, cônjuges e irmãos.

Através do estudo da reencarnação, compreenderão que, aqueles com quem dividem o teto, são espíritos irmãos, cujas tarefas individuais, muitas vezes, dependerão da convivência sadia no ambiente em que vieram a renascer.

Aqueles que, desde cedo, têm suas vidas orientadas pela conduta Cristã, evitam, com mais facilidade, que os embriões dos defeitos que estão latentes em seus espíritos apareçam, sanando, desta forma, o mal antes que ele cresça.

Se, porventura, tendências negativas aflorarem, apesar da orientação desde a infância, encontrarão seguros elementos morais para superá-las, porque os ensinamentos de Jesus tornam-se fortes alicerces para a sua superação.

Com o estudo do Evangelho de Jesus aprende-se a compreender e a conviver na família humana.

Assim, conscientes de que são espíritos devedores perante as Leis Universais, procuram conduzir-se dentro de atitudes exemplares, amando e perdoando, suportando e compreendendo os revezes da vida.

Quando o Culto do Evangelho no Lar é praticado fielmente à data e ao horário semanal estabelecidos, atrai-se para o convívio doméstico Espíritos Superiores, que orientam e amparam, estimulam e protegem a todos.

A presença de Espíritos iluminados no Lar afasta aqueles de índole inferior, que desejam a desunião e a discórdia. O ambiente torna-se posto avançado da Luz, onde almas dedicadas ao Bem estarão sempre presentes, quer encarnadas, quer desencarnadas.

As pessoas habituadas à oração, ao estudo e à vivência cristã, tornam-se mais sensíveis e passíveis às inspirações dos Espíritos Mentores.

Fonte: Setor de Ajuda do CVDEE (Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo).

SEGUIR JESUS COM CONVICCAO

 “Dizes confiar no poder do Cristo, mas, se o dia aparece em cores contrárias à tua expectativa, demonstras deplorável indigência de fé na inconformação ”. ( Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, no item 125, do livro “Fonte Viva”).
      Quando afirmamos ser cristãos estamos informando a nossa convicção em seguir as lições de Jesus Cristo.
      O discípulo segue o mestre porque aceita e concorda com a doutrina que ele apregoa. Tem certeza sobre as verdades que ensina, sobre as lições que apresenta, sobre o roteiro de vida que segue.
      Na questão específica sobre Jesus, o guia e modelo enviado por Deus para que os homens possam segui-Lo, em busca da paz e da felicidade, no contexto do corpo da sua inquestionável e absoluta Doutrina, nada ocorrerá à criatura humana que não seja o bem, o belo e o nobre.
      Se algo não sai como prevíamos, se acontecimentos infelicitam a nossa vida, se ocorrências em desalinho pintam os nossos dias com cores negras e se dores e sofrimentos atormentam os nossos corações, obviamente, nada disso procede do patrimônio espiritual do Cristo, mas sim das leis de causa e efeito, de ação e reação, que são manejadas, livremente, pelas nossas deliberações e escolhas.
      O mestre ensina o discípulo, não o escraviza. Orienta, mas jamais impõe. Exemplifica, sem exigir que se faça como ele, por enquanto. Assim, o aprendiz, dentro de suas possibilidades e capacidade de aprendizado, vai absorvendo conhecimentos, fazendo uso da liberdade nas suas prerrogativas.
      Então, se somos, verdadeiramente cristãos, em hipótese alguma podemos apresentar indignação, revolta ou inconformismo ao nos defrontarmos com situações infelizes que se originaram das escolhas que fizemos. O Cristo ensinou o correto, mas preferimos fizer do nosso jeito. Daí, obviamente, os resultados adversos.
      Jesus não tem culpa se ainda não sabemos utilizar corretamente a lei de ação e reação. Se ainda não nos preocupamos em aprofundar reflecções sobre a lei de causa e efeito. Ação equilibrada, espiritualizada, rende reações da mesma natureza. Causa em consonância com os padrões da dignidade, refletem efeitos com o mesmo teor e conteúdo. Jesus- o Mestre- ensina, já o discípulo, tem a liberdade de decidir o seu caminho, de acordo com o pensa, entende e tem capacidade de realizar.
      Então, sejamos cristãos, convictamente, e não atribuamos a Jesus ou à falta de Sua assistência e proteção, os fracassos que invadem as nossas vidas com os seus roteiros de decepções, enganos e ilusões.
      Não vale e nem adianta procurarmos culpados para as nossas mazelas, uma vez que elas, invariavelmente, decorrem das ações humanas e não divinas.
      Permaneçamos firmes da fé, na convicção, na certeza de que temos tudo o que precisamos para realizarmos o melhor aqui na Terra. Ainda, não descuidemos do imprescindível aprendizado sobre as lições do Cristo e avancemos destemidos, na rota de progresso e prosperidade espiritual que traçamos.
      Se Jesus disse “vinde a mim vós que sofreis que eu vos aliviarei” (Mateus 11:28), por certo, não existirá outro caminho. Qualquer outra direção escolhida será, sem dúvida, a via do naufrágio.
      Pensemos nisso...




Visite: O Portal das Mocidades Espiritas
www.mocidadesespiritas.com.br

A PRECE

A prece vem cumprir diversos objetivos quando bem direcionada. Nos serve para expressar gratidão pelo bom andamento de nossas vidas e assim abrir nossos caminhos, para pedir por nós ou por quem conhecemos, que haja força, coragem e compreensão para vencer os desafios. A fim obter proteção e nos ver livres daqueles que nos perseguem e levar nosso amor àqueles que já se foram. Mas, acima de tudo para nos manter conectados com a nossa essência espiritual, com os bons Espíritos que se acercam de nós e com Deus, Criador.

domingo, 23 de agosto de 2015

O PAI NOSSO - ORACAO DOMINICAL



I.   PAI NOSSO, QUE ESTAIS NO CÉU, SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME!
     Cremos em vós, Senhor, porque tudo revela o vosso poder e a vossa bondade. A harmonia do universo testemunha uma sabedoria, uma prudência e uma previdência que ultrapassam todas as faculdades humanas; o nome de um ser soberanamente grande e sábio está inscrito em todas as obras da criação, desde o broto de erva e o menor inseto até os astros que se movem no espaço; por toda a parte vemos a prova de uma solicitude paternal; eis por que é cego aquele que vos não reconhece em vossas obras, orgulhoso aquele que vos não glorifica e ingrato aquele que vos não rende ações de graça. 
II.  VENHA A NÓS O VOSSO REINO!
     Senhor, destes aos homens leis cheias de sabedoria e que fariam a sua felicidade, se as observassem. Com essas leis eles fariam reinar entre si a paz e a justiça; ajudar-se-iam mutuamente, em vez de se prejudicarem, como fazem; o forte ampararia o fraco, em vez de o esmagar; evitariam os males gerados pelos abusos e excessos de todos os gêneros. Todas as misérias daqui de baixo vêm da violação de vossas leis, porque não há uma só infração que não tenha suas conseqüências fatais.
     Destes ao animal o instinto, que lhe traça o limite do necessário e ele se conforma maquinalmente; mas ao homem, além desse instinto, destes a inteligência e a razão; também lhe destes a liberdade de observar ou infringir aquelas de vossas leis que concernem pessoalmente, isto é, de escolher entre o bem e o mal, a fim de que tenha o mérito e a responsabilidade de suas ações.
     Ninguém pode pretextar ignorância de vossas leis, porque, na vossa previdência paternal, quisestes que elas fossem gravada na consciência de cada um, sem distinção de culto nem de nações. Os que as violam é porque vos desconhecem.
     Um dia virá em que, conforme a vossa promessa, todos as praticarão. Então a incredulidade terá desaparecido; todos vos reconhecerão como Soberano Senhor de todas as coisas, e o reino de vossas leis terá o vosso reino na terra.
     Dignai-vos, Senhor, apressar a sua vinda, dando aos homens a luz necessária para os conduzir no caminho da verdade. 
III. SEJA FEITA A VOSSA VONTADE, ASSIM  NA TERRA COMO NO CÉU!
     Se a submissão é um dever do filho para com o pai, do inferior para com o seu superior, quanto maior não deve ser a da criatura para com o seu Criador! Fazer a vossa vontade, Senhor, é observar vossas leis e submeter-se sem murmúrio aos vossos divinos desígnios; o homem a eles submeter-se-á quando compreender que sois a fonte de toda sabedoria e que sem vós nada pode; então fará vossa vontade na terra, como os eleitos no céu. 
IV.  O PÃO DE CADA DIA DAI-NOS HOJE.
     Dai-nos o alimento para manutenção das forças do corpo; dai-nos, também, o alimento espiritual para o desenvolvimento de nosso Espírito.
     O animal encontra sua pastagem; mas o homem a deve à sua própria atividade e aos recursos de sua inteligência, porque a criastes livre.
     Vós lhe dissestes: “Tirarás o teu alimento da terra com o suor de teu rosto”. Por isto, vós lhe tornastes o trabalho uma obrigação, para que ele exercitasse sua inteligência pela procura dos meios de prover às suas necessidades e ao seu bem-estar, uns pelo trabalho material, outros pelo trabalho intelectual; sem o trabalho ficará estacionário e não poderá aspirar à felicidade dos Espíritos superiores.
     Vós ajudais os homens de boa vontade, que se confiam a vós para o necessário, mas não aquele que se compraz na ociosidade e tudo quereria obter sem esforço, nem aquele que busca o supérfluo.
     Quantos não sucumbem por sua própria culpa, por sua incúria, imprevidência ou ambição, e por não ter querido contentar-se com o que lhes haveis dado! Esses são os artistas de seu próprio infortúnio e não têm o direito de lamentar-se, porque são punidos por onde pecaram. Mas esses mesmos vós não os abandonais, porque sois infinitamente misericordioso; vós lhes estendeis a mão socorrista desde que, como o filho pródigo, voltam para vós sinceramente.
     Antes de nos lamentarmos de nossa sorte, perguntemos se não é obra nossa. A cada desgraça que nos chega, perguntemos se de nós não teria dependido evitá-la; mas digamos também que Deus nos deu a inteligência para nos tirar do lodaçal e que de nós depende pô-la em atividade.
     Desde que a lei do trabalho é a condição do homem na terra, dai-nos força e coragem para a cumprir; dai-nos, também, a prudência, a previdência e a moderação, a fim de lhe não perder o fruto.
     Dai-nos pois, Senhor, o pão nosso de cada dia, isto é, os meios de adquirir pelo trabalho as coisas necessárias à vida, pois ninguém tem direito de reclamar o supérfluo.
     Se o trabalho nos for impossível, confiamos em vossa divina Providência.
     Se entrar nos vossos desígnios nos experimentas pelas mais duras provações, mau grado os nossos esforços, nós as aceitamos como uma justa expiação das faltas que podemos ter cometido nesta vida ou em vida precedente, porque sois justo; sabemos que não há penas imerecidas e que jamais castigais sem causa.
     Preservai-nos, ó meu Deus, da inveja contra os que possuem o que não temos, nem mesmo contra os que têm o supérfluo, ainda que nos falte o necessário. Perdoai-lhes se esquecem a lei da caridade e de amor ao próximo, que lhes ensinastes.
     Afastai, também, do nosso Espírito o pensamento de negar vossa justiça, vendo a prosperidade do mau e a infelicidade que, por vezes, acabrunha o homem de bem. Agora sabemos, graças às novas luzes que vos aprouve nos dar, que vossa justiça recebe todo o seu cumprimento e não falta a ninguém; que a prosperidade material do perverso é efêmera como a sua existência corpórea e que terá terríveis retornos, ao passo que será eterna a alegria reservada ao que sofre com resignação. 
V.  PERDOAI AS NOSSAS DÍVIDAS, ASSIM COMO PERDOARMOS AOS NOSSOS DEVEDORES. PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO PERDOARMOS AOS QUE NOS OFENDEM.
     Cada uma de nossas infrações às vossas leis, Senhor, é uma ofensa a vós, e uma dívida contraída que, mais cedo ou mais tarde, teremos que resgatar. Solicitamos de vossa infinita misericórdia a sua remissão, sob promessa de fazer esforços para não contrair novas.
     Fizestes-nos da caridade uma lei expressa. Mas a caridade não consiste apenas em assistir ao semelhante em suas necessidades; também está no esquecimento e no perdão das ofensas. Com que direito reclamaríamos a vossa indulgência, se nós mesmos a ela faltamos para com aqueles de que temos de nos lamentar?
     Dai-nos, ó meu Deus! a força de abafar em nossa alma todo ressentimento, todo ódio, todo rancor; fazei que a morte não nos surpreenda com um desejo de vingança no coração. Se vos aprouver hoje mesmo nos retirar daqui, fazei que nos possamos apresentar a vós puro de animosidades, a exemplo do Cristo, cujas últimas palavras foram para os seus carrascos.
     As perseguições que os maus nos fazem sofrer são parte de nossas provas terrenas; devemos aceitá-las sem murmuração, como a todas as outras, e não maldizer os que, por suas maldades, nos abrem o caminho da felicidade eterna, pois nos dissestes, pela boca de Jesus: “Bem-aventurados os que sofrem por amor da justiça!” Bendigamos, pois, a mão que nos fere e nos humilha, porque as contusões do corpo fortificam-nos a alma e seremos erguidos de nossa humildade. 
     Bendito seja o vosso nome, Senhor, por nos haverdes ensinado que nossa sorte não será irrevogavelmente fixada após a morte; que em outras existências encontraremos os meios de resgatar e reparar nossas faltas passadas, de cumprir em uma vida aquilo que não podemos fazer nesta, para o nosso adiantamento.
     Por aí se explicam, enfim, todas as anomalias aparentes da vida; é a luz lançada sobre o nosso passado e o nosso futuro, o sinal deslumbrante de vossa soberana justiça e de vossa bondade infinita. 
VI.  NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DO MAL.
     Dai-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos maus Espíritos que tentem desviar-nos da via do bem, inspirando-nos maus pensamentos.
     Mas nós mesmos somos Espíritos imperfeitos, encarnados nesta Terra para expiar e nos melhorar. A causa primeira do mal está em nós, e os maus Espíritos apenas aproveitam nossas más inclinações viciosas, nas quais nos entretêm, para nos tentar.
     Cada imperfeição é uma porta aberta à sua influência, ao passo que são impotentes e renunciam a toda tentativa contra os seres perfeitos. Tudo quanto poderíamos fazer para os afastar será inútil, se não lhes opusermos uma vontade inquebrantável no bem e uma renúncia absoluta ao mal. É, pois, contra nós mesmos que devemos dirigir nossos esforços e, então, os maus Espíritos afastar-se-ão naturalmente, porque é o mal que os atrai, enquanto o bem os repele.
     Senhor, sustentai-nos em nossa fraqueza; inspirai-nos, pela voz dos anjos da guarda e dos bons Espíritos, a vontade de nos corrigirmos de nossas imperfeições, a fim de fechar aos Espíritos impuros o acesso à nossa alma.
     O mal não é obra vossa, Senhor, porque a fonte de todo o bem não pode engendrar coisas más; é por nós mesmos que o criamos, infringindo as vossas leis e pelo mau uso, que fazemos, da liberdade que nos destes. Quando os homens observarem as vossas leis, o mal desaparecerá da terra, como já desapareceu dos mundos mais adiantados.
     O mal não é uma necessidade fatal para ninguém e só aparece irresistível aos que a ele se abandonam com satisfação. Se tivermos vontade de o fazer, também podemos ter a de fazer o bem. Por isto, ó meu Deus, pedimos a vossa assistência e a dos bons Espíritos, para resistir à tentação. 
VII. ASSIM SEJA.
     Praza-vos, Senhor, que nossos desejos se realizem! Mas nos inclinamos ante a vossa sabedoria infinita. Sobre todas as coisas que não é dado compreender, que se faça segundo a vossa santa vontade e não a nossa, porque não quereis senão o nosso bem e sabeis melhor que nós o que nos é útil.
     Nós vos dirigimos esta prece, ó meu Deus! por nós mesmos, por todas as almas sofredoras, encarnadas e desencarnadas, por nossos amigos e nossos inimigos, por todos os que pedem a nossa assistência.
     Chamamos sobre todos a vossa misericórdia e a vossa bênção.

NOTA: Aqui pode ser formulado que agradecemos a Deus e o que pede para si ou para outrem. (Allan Kardec - R. E. 1864)

ORACAO DIANTE DA PALAVRA

Senhor!
Deste-me a palavra por semente de luz.
Auxilia-me a cultivá-la.
Não me permitas envolvê-la na sombra que
projeto.
Ensina-me a falar para que se faça o melhor.
Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.
Onde a irritação me procure, induze-me ao silêncio, e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.
Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do bem, no momento exato, e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.
Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam, junto de mim.
Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.

Autor: Meimei       Psicografia: Chico Xavier

Extraído do Site: www.mensagensespiritas.com.br

ORACAO PELOS FILHOS


Meu Senhor, quero te louvar e agradecer pela vida dos meus filhos.
Eles representam para mim a manifestação do Teu amor em nosso lar.
É uma grande responsabilidade prepará-los para a vida,
por isso dá-me recursos e sabedoria para saber o melhor.
Que eu possa amá-los, compreendê-los e ensinar-lhes o caminho certo.

Dá-lhes saúde, inteligência, capacidade, amor e Tua proteção.
Que o Teu anjo esteja com eles em cada passo que derem.
Que eu possa ser para eles, o pai/mãe amoroso(a), sincero(a) e amigo(a),que precisarem em qualquer fase de suas vidas.
Entrego meus filhos em tuas mãos, confiante que serão abençoados em tudo por Ti.

                                                               Amém!






PRECE PELOS ENFERMOS



Senhor dos Mundos,
 Excelso Criador de todas as coisas.
Venho à Tua soberana presença neste momento, para suplicar ajuda aos que estão sofrendo por doenças do corpo ou da mente.
Sabemos que as enfermidades nos favorecem momentos de reflexão, e de uma aproximação maior de Ti, pelos caminhos da dor e do silêncio.
Mas apelamos para tua misericórdia e pedimos:
Estende Tua luminosa mão sobre os que se encontram doentes, sofrendo limitações, dores e incertezas.
Faz a fé e a confiança brotarem fortes em seus corações.
Alivia suas dores e dá-lhes calma e paz.
Cura suas almas para que os corpos também se restabeleçam.
Dá-lhes alívio, consolação e acende a luz da esperança em seus corações, para que, amparados pela fé e a esperança, possam desenvolver o amor universal, porque esse é o caminho da felicidade e do bem-estar... é o caminho que nos leva a Ti.
Que a Tua paz esteja com todos nós.
Que assim seja!! 

Autor desconhecido

Extraído do Site: www.mensagensespiritas.com.br 

ECOLOGIA E ESPIRITÍSMO

Ecologia e Espiritismo


“A Terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se. Se o que ela produz não lhe basta a todas as necessidades, é que ele a emprega no supérfluo o que poderia ser empregado no necessário”. (O Livro dos Espíritos, capítulo V, Lei de Conservação)
Cláudia Santos
Ao se deparar com o tema Ecologia e Espiritismo, é muito provável que, em um primeiro momento, muitos de nós nos perguntemos o que um teria a ver com o outro. De fato, logo de cara, eles não aparentam ser assuntos correlatos. Mas, analisando a origem de ambos, vemos que, assim como Ernst Haeckel, cientista alemão quem primeiro usou o termo Ecologia e a definiu como “o estudo da casa ou do lugar onde vivemos”, seu contemporâneo Allan Kardec, o Codificador do Espiritismo, nos trouxe respostas, através dos espíritos, sobre as relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem e o quanto um depende do outro. A partir daí, está dada a resposta: a Ecologia anda, sim, de braços dados com a Doutrina de Kardec.
“Assim, como o conceito de Espiritismo demandou tempo para ser incorporado, o mesmo ocorreu com a Ecologia, do ponto de vista científico e filosófico. Há coincidências entre Espiritismo e Ecologia. O primeiro tem uma visão sistêmica. Por exemplo, demonstra-se que nas diferentes moradas do Pai existe relação de interação constante entre os mundos, uma conexão entre diferentes fenômenos. Desdobra-se um olhar que vai além e que explica a teia, como tudo está conectado. Sabemos que estamos inseridos num contexto. Que cada um de nós tem companhias nos planos denso e espiritual e vai tendo uma série de experiências. Sentimo-nos mergulhados em algo maior e estamos misturados a outros. A visão ecológico-sistêmica tem a mesma pretensão”, analisa o carioca André Trigueiro, 41, apresentador do programa Cidades e Soluções, transmitido aos domingos, às 21h30, pela Globonews e Canal Futura, e que acaba de completar um ano no ar.
Na pergunta 705 de O Livro dos Espíritos, no capítulo que versa sobre a Lei de Conservação, Kardec, ao questionar a espiritualidade “por que nem sempre a terra produz bastante para fornecer ao homem o necessário?”, recebe uma resposta que exemplifica bem o que vivemos hoje: “É que, ingrato, o homem a despreza! Ela, no entanto, é excelente mãe. Muitas vezes, também, ele acusa a Natureza do que só é resultado da sua imperícia ou da sua imprevidência. A terra produziria sempre o necessário, se com o necessário soubesse o homem contentar-se” (…).
Com esta resposta, a Espiritualidade nos mostra que o materialismo exarcebado, que o “ter por ter”, cada vez mais presente em um modelo de desenvolvimento econômico que promove a produção de bens de consumo sempre mais caros e sofisticados, precisa ser revisto. O homem começa a percerber hoje, dados os alardes sobre o avanço da degradação do planeta, que não há como haver uma produção ilimitada deles na biosfera, que é finita e limitada. Esta produção e consumo exagerados esbarram na Ecologia. “O problema é que em uma sociedade de consumo, como a nossa, nenhum de nós se contenta apenas com o necessário”, afirma Trigueiro. “A publicidade se encarrega de despertar apetites vorazes de consumo do que não é necessário, daquilo que é supérfluo, descartável e inessencial, renovando a cada nova campanha a promessa de felicidade que advém da posse de mais um objeto”, analisa.

Relação com o ambiente comprometida (retranca)
Você já parou para pensar como anda nossa relação com o ambiente em que vivemos? E o que temos a ver com a emissão de carbono na atmosfera, o consequente aquecimento global, a produção exagerada de lixo e um possível esgotamento dos recursos naturais no nosso planeta? Acha que não tem nada a ver com isso? Que até faz algo, mas que sozinho não pode mudar o mundo? A verdade é que cada um de nós é responsável por tudo isso que está aí. E se não frearmos o modelo de desenvolvimento que temos adotado acabaremos padecendo junto a Terra. Assim, não importa se suas ações podem parecer pequenas diante do universo, mas se elas acontecerem, irão influenciar as do seu vizinho e muito provavelmente de toda uma sociedade.
É preciso que nos lembremos que a questão ambiental está muito fortemente associada a modelos de desenvolvimento, a um projeto de civilização. O meio ambiente somos nós, o meio que nos cerca e as relações que estabelecemos com ele. Nossa qualidade de vida depende da forma como estabelecemos essa relação. Ele transcende ao gueto da fauna, flora e preservação. É muito mais que isso.
Trigueiro, jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, autor do livro Mundo Sustentável – Abrindo Espaço na Mídia para um Planeta em transformação (Editora Globo, 2005) e coordenador editorial e um dos autores do livro Meio Ambiente no século XXI (Editora Sextante, 2003), acredita que é urgente que o Movimento Espírita absorva e contextualize, à luz da Doutrina, os sucessivos relatórios científicos que denunciam a destruição sem precedentes dos recursos naturais não renováveis, no maior desastre ecológico de origem antrópica da história do planeta.
“Os atuais meios de produção e consumo precipitaram a humanidade na direção de um impasse civilizatório, onde a maximização dos lucros tem justificado o uso insustentável dos mananciais de água doce, a desertificação do solo, o aquecimento global, a monumental produção de lixo, entre outros efeitos colaterais de um modelo de desenvolvimento ecologicamente predatório, socialmente perverso e politicamente injusto”, avalia.
Segundo Trigueiro, para nós, espíritas, é fundamental que o alerta contra o consumismo seja entendido como uma dupla proteção: ao meio ambiente, que não suporta as crescentes demandas de matéria-prima e energia da sociedade de consumo, onde a natureza é vista como um grande e inesgotável supermercado, e ao nosso espírito imortal, já que, de acordo com a Doutrina Espírita, uma das características predominantes dos mundos inferiores da Criação é justamente a atração pela matéria. “Nesse sentido, não há distinção entre consumismo e materialismo e nossa invigilância poderá custar caro ao projeto evolutivo que desejamos encetar”, alerta.
De acordo com o jornalista, uma das mais respeitadas referências em sustentabilidade no País, essa questão é tão crucial para o Espiritismo, que na pergunta 799 de O Livro dos Espíritos, quando Kardec pergunta “de que maneira pode o Espiritismo contribuir para o progresso?”, a resposta é taxativa: “Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade.(…)”.
“Uma das mais prestigiadas organizações não-governamentais do mundo, o Worldwatch Institute, com sede em Washington (EUA), divulga anualmente o relatório ‘Estado do Mundo’, uma grande compilação de dados e estudos científicos que revelam os estragos causados pelo atual modelo de desenvolvimento. Na última versão do relatório, referente a 2004, afirma-se que o consumismo desenfreado é a maior ameaça à humanidade. Os pesquisadores do Worldwatch denunciam que altos níveis de obesidade e dívidas pessoais, menos tempo livre e meio ambiente danificado são sinais de que o consumo excessivo está diminuindo a qualidade de vida das pessoas”, informa Trigueiro, que, abaixo, fala um pouco mais sobre ele próprio, nossa relação com o meio ambiente e a Doutrina Espírita.

FE – Como e quando você se tornou espírita?
Trigueiro – Meu pai era católico, quase foi padre, e minha mãe espírita. Tivemos uma formação cristã. Meu ano de fome de conhecimento espírita foi 1987. Fui buscar na Doutrina as respostas que não encontrava no Catolicismo. Estava naquele momento da juventude de indagar o que seria a realidade espiritual, sentido da dor e sofrimento, em que medida interagimos com o plano espiritual e aquele contentamento que se tem quando nos deparamos com as respostas da espiritualidade maior. Comecei a devorar livros, a freqüentar o centro Joanna de Angelis, em Copacabana, a participar das atividades da Mocidade Espírita, a me engajar nos trabalhos da casa, na Baixada Fluminense etc.
Como surgiu seu interesse pela Ecologia?
A cobertura da Eco 92 mexeu comigo. Trabalhava na Rádio Jornal do Brasil e nas horas vagas permanecia no local, acompanhando os debates. Na ocasião, a questão ambiental era para mim algo da moda, mas desde então tive a certeza de que isso não era verdade e que ela está cada vez mais fincada na nossa cultura. Ela determina comportamentos, é um novo paradigma.
Você costuma dar palestras em centros espíritas? Quais temas costuma abordar?
Além da Ecologia, tenho um comprometimento com a questão do suicídio. Em 1999 tive um encontro muito bonito, nos trabalhos do centro, com um espírito que, na espiritualidade, havia se envolvido com grupos assistencialistas a suicidas. E eu passei a me interessar e me envolver com o assunto. O suicídio no Brasil é um caso de saúde pública. Sua incidência vem aumentando.
Os espíritos dizem que precisamos destruir o materialismo e que ele é uma chaga na sociedade. Como você vê essa afirmação?

Precisamos refletir sobre o que é necessário e supérfluo em nossas vidas, reduzir a nossa atração pelo que é apenas matéria e, portanto, descartável e perecível. Ser consumista significa não ter educação ambiental adequada. É um problema moral e, por isso, tem a ver com o Espiritismo. Consumismo não é ecológico, ele acelera a degradação, a exaustão dos recursos naturais. Quando atacamos a biodiversidade como estamos fazendo, estamos subtraindo a vida de espécies importantes para esse enorme equilíbrio do planeta. Existe uma função para cada uma delas. Devemos nos lembrar que quanto mais atrasado o espírito, maior sua atração pela matéria.
Qual a responsabilidade do espírita para com o planeta?
O espírita precisa se dar conta de que quando o planeta adoece, nosso projeto evolutivo fica comprometido. Emmanuel, em O Consolador, diz que o meio ambiente influi no espírito. Aos espíritas que mantém uma atitude comodista diante desse cenário, escorados talvez na premissa determinista de que tudo se resolverá quando se completar a transição da Terra (de mundo de expiações e de provas para mundo de regeneração), é bom lembrar do que disse Santo Agostinho no capítulo III de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Ao descrever o mundo de regeneração, Santo Agostinho diz que, mesmo livre das paixões desordenadas, num clima de calma e repouso, a humanidade ainda estará sujeita às vicissitudes de que não estão isentos senão os seres completamente desmaterializados; há ainda provas a suportar (…) e que ‘nesses mundos, o homem ainda é falível, e o espírito do mal não perdeu, ali, completamente o seu império. Não avançar é recuar e se não está firme no caminho do bem, pode voltar a cair nos mundos de expiação, onde o esperam novas e terríveis provas’. Ou seja, não há mágica no processo evolutivo: nós já somos os construtores do mundo de regeneração.
O que deve ser corrigido?
Se não corrigirmos o rumo na direção do desenvolvimento sustentável, prorrogaremos situações de desconforto já amplamente diagnosticadas. Não é possível esperar a chegada do mundo de regeneração de braços cruzados. Até porque, sem os devidos méritos evolutivos, boa parte de nós deverá retornar a esse mundo pelas portas da reencarnação. Se ainda quisermos encontrar aqui estoques razoáveis de água doce, ar puro, terra fértil, menos lixo e um clima estável sem os flagelos previstos pela queima crescente de petróleo, gás e carvão que agravam o efeito estufa, deveremos agir agora, sem perda de tempo.
Como fica o Brasil nesse contexto?
O Brasil é a maior nação espírita do mundo. Mas não é apenas o coração do mundo, a pátria do Evangelho. É campeão mundial de água doce, de biodiversidade, com solos férteis disponíveis. É um patrimônio biodiverso. Temos uma riqueza que devemos explorar e respeitar, dentro de uma configuração do que será o mundo. Temos um trunfo que precisamos saber usar, não economicamente, mas eticamente.
* Conheça mais o trabalho de André Trigueiro acessando o site www.mundosustentavel.com.br
“Depois que a ONU decretou que 2003 seria o ano internacional da água doce, os católicos não hesitaram em, pela primeira vez em 40 anos de Campanha da fraternidade, eleger um tema ecológico: ‘Água: fonte de vida’. Mais de 10 mil paróquias em todo o Brasil foram estimuladas a refletir sobre o desperdício, a poluição e o aspecto sagrado desse recurso fundamental à vida. E nós espíritas? O que fizemos, ou o que pretendemos fazer?”
“Nosso planeta está no vermelho. Avançamos com voracidade e ele não responde à demanda. Nosso consumismo está acelerando a exaustão dos recursos”.
“Não existe eu e a natureza. Somos uma coisa só. Estamos todos misturados na teia da vida. Cada pequena reação reverte no todo. Não podemos ignorar isso”.
“Os espíritas costumam dizer que ‘a verdadeira vida é a espiritual’ e que ‘estamos aqui de passagem’. Não é por isso que não vamos cuidar do que acontece no nosso meio, agora, achar que não devemos nos incomodar com o que está acontecendo aqui. Devemos cuidar da casa que nos acolhe!”
“Se a população seguir sempre a progressão crescente que vemos, chegará um momento em que ela será exuberante sobre a Terra? – Não. Deus a isso provê e mantém sempre o equilíbrio. Ele nada faz de inútil. O homem que não vê senão um canto do quadro da natureza, não pode julgar a harmonia do conjunto” (Pergunta 687 de O Livro dos Espíritos).


 André Trigueiro
 Link: http://www.mundosustentavel.com.br/2007/05/ecologia-e-espiritismo/

ORACAO PELOS ENTES QUERIDOS

Senhor Jesus, concedeste-nos os entes queridos por tesouros que nos emprestas.

Ensina-nos a considerá-los e aceitá-los em sua verdadeira condição de filhos de Deus, tanto quanto nós, com necessidades e esperanças semelhantes às nossas.

Faze-nos, porém, observar que aspiram a gêneros de felicidade diferente da nossa e auxilia-nos a não lhes violentar o sentimento em nome do amor, no propósito inconsciente de escravizá-los aos nossos pontos de vista.

Quando tristes transforma-nos em bênçãos capazes de apoiá-los na restauração da própria segurança;

E quando alegres ou triunfantes nos ideais que abraçam não nos deixes na sombra do egoísmo ou da inveja, mas sim, ilumina-nos o entendimento para que lhe saibamos acrescentar a paz e a esperança.

Conserva-nos no respeito que lhes devemos, sem exigir-lhes testemunhos de afeto ou de apreço em desacordo com os recursos de que dispunham.

Auxilia-nos a ser gratos pelo bem que nos façam, sem reclamar-lhes benefícios, ou vantagens, homenagens, ou gratificações que não nos possam proporcionar.

Esclarece-nos para que lhes vejamos unicamente as qualidades, ajudando-nos a nos determos nisso entendendo que os prováveis defeitos de que se mostrem ainda portadores desaparecerão no amparo de Tua benção.

E, se algum dia, viermos a surpreender alguns deles em experiências menos felizes, dá-nos a força de compreender que não será reprovando ou condenando que lhes conquistaremos os corações, e sim, entregando-os a Ti através da oração porque apenas tu, Senhor, podes sondar o íntimo de nossas almas e guiar-nos o passo para o reequilíbrio nas leis abençoadas de Deus.

Extraído do Livro " Maos Unidas" - Pág. 54




 






Emmanuel / Francisco Cândido Xavier

ORACAO DA FRATERNIDADE

Senhor!
Chamo-me fraternidade. Quem de mim se aproxima esquece a si mesmo, porque se depara com um objetivo maior.
De mim se aproximam os que vêem na vida um sentido, os que não aceitam o lugar comum, os que ardem por valorizar os dias.
Desprezam-me os que não me conhecem e não sabem que construo do nada, transformo pobreza em riqueza, extraio paz do infortúnio e alegria das lágrimas.
Quando toco as pessoas, seus corações se animam e esquecem o mal.
Estou onde me pedem concurso. Estou presa, com os presos; internada, com os doentes. Dou conselhos aos desorientados; ouço os revoltados; distribuo amor maternal a todos.
Obrigada, Senhor, muito obrigada!
Autor:  Lourival Lopes
Livro: Preces da Vida – Editora Otimismo – 6ª Edição – Páginas: 240 à 241 – Brasília – Distrito Federal / 1996

PRECE DE CÁRITAS

 
 Prece de Cáritas 
 
Deus, nosso pai, que sois todo poder e bondade, daí a força aquele que passa pela provação, daí a luz aquele que procura a verdade; ponde no coração do homem a compaixão e a caridade.
Deus daí ao viajor a estrela guia, ao aflito a consolação, ao doente o repouso.
Pai daí ao culpado o arrependimento, ao espírito a verdade, a criança o guia, ao órfão o pai.
Senhor, que Vossa bondade se estenda sobre tudo o que criastes.
Piedade, Senhor, para aqueles que vos não conhecem; esperança para aqueles que sofrem. Que vossa bondade permita aos Espiritos consoladores derramarem por toda parte, a paz, a esperança e a fé.
Deus: um raio, uma faísca do vosso amor, pode abrasar a Terra; deixai-nos beber nas fontes dessa bondade fecunda e infinita, e todas as lagrimas secarão, todas as dores se acalmarão.
Um só coração, um só pensamento, subirá até Vós, como um grito de reconhecimento e de amor. Como Moisés sobre a montanha, nós Vos esperamos com os braços abertos, ó Poder, ó Bondade, ó Beleza, ó Perfeição, e queremos de alguma sorte, merecer a Vossa misericórdia.
Deus, daí-nos a força de ajudar o progresso a fim de subirmos até Vós; daí-nos a caridade pura; daí-nos a fé e a razão; daí-nos a simplicidade que fará das nossas almas,
o espelho onde se deve refletir Vossa Santíssima Imagem.

AGRADECENDO Á JESUS

 



Agradecendo a Jesus


Te agradecemos Senhor
Esses momentos de Paz
Nós te sentimos aqui
Em vibrações fraternais
Na estrada da vida, conduz-nos ao bem
na alegria e na dor.
Seja o amor, nossa bandeira de luz
amado mestre, Jesus.

(autor desconhecido)


Site: http://www.gotasdeamoreluz.com.br/paginas/agradecendo_a_jesus.htm
 


 

A ORACAO

O que é a Oração?

A oração é a elevação da nossa alma para Deus; é por ela que entramos em comunicação com Ele e dEle nos aproximamos.
Deus atende àqueles que oram com fé e fervor?
Deus envia-lhes sempre bons Espíritos para os auxiliarem.
Existem fórmulas especiais de orações?
Não. A divindade pouco se preocupa com as fórmulas; as intenções do suplicante é que fazem peso na balança da Bondade Divina.
Por que então existem, mesmo no Espiritismo, orações ditadas por Espíritos e que foram publicadas em livros?
Para ensinar os homens a raciocinar quando se dirigem a Deus e fazê-lo não só por meio de palavras, como também pelo sentimento e com inteligência.
Então essas fórmulas não compõem um ritual?
O Espiritismo não tem ritual, nem Formalismo. O intuito dos Espíritos, dando-nos uma coleção de preces, é nos oferecer um modelo de como deve ser feita a prece, sem que por isso se restrinjam às palavras escritas. É, ainda mais, como se disse, tornar a Oração inteligente e compreendida, e dar o sentido da petição que devemos fazer ao Supremo Criador, para aprendermos a pedir o que nos convém e o que nos é útil.
A Oração é agradável a Deus?
Sim, porque é um ato de humildade, é o reconhecimento das nossas fraquezas e da nossa inferioridade, evocando o auxílio dos Poderes Superiores, sempre solícitos em atender aos nossos rogos.
Por quem devemos orar?
Por nós mesmos, por nossos parentes, pelos nossos amigos e inimigos deste e do outro Mundo; devemos orar pelos que sofrem e por aqueles por quem ninguém ora.
Qual a Oração do Senhor?
Nosso Pai, que estais no infinito, santificado seja o vosso nome; venha a nós o vosso reino – o reino do bem; seja feita a vossa vontade na Terra e no espaço, assim como em todos os mundos habitados; dai-nos o pão da alma e do corpo; perdoai as nossas ofensas como de todo o coração perdoamos aos que nos têm ofendido; não nos deixeis sucumbir à tentação dos maus espíritos, mas enviai-nos os bons para nos esclarecerem. Amo-vos, ó meu Deus, de toda a minha alma e quero amar a todos os homens que, pelo vosso amor, são todos meus irmãos.
CAIRBAR SCHUTEL
(Do livro: ESPIRITISMO PARA AS CRIANÇAS)
Site: Espiritismo – Atendimento Fraterno

AMIGOS DE VERDADE


Você tem um amigo de verdade?
Existem muitos amigos por aí, mas os amigos verdadeiros ainda são uma raridade.
Um dia desses, enquanto alguns amigos conversavam de forma descontraída, podia-se observar que um deles, em especial, trazia no rosto um semblante calmo, e sua serenidade espalhava um hálito de paz no ambiente.
Logo mais, aquele jovem senhor deixava o recinto para atender alguns compromissos e, com a alma dorida, falava-nos de algumas dificuldades que estava enfrentando.
Qual espinho cravado no peito, a calúnia feita por um falso amigo lhe fustigava a alma.
E apesar de ter o coração dilacerado, ele conseguia exalar perfume ao seu redor, poupando os demais companheiros do seu infortúnio.
Falava-nos, com certa tristeza, mas sem rancor, que um amigo maledicente havia espalhado inverdades a seu respeito.
“Logo mais estarei com ele e sei que irá me abraçar. E mesmo sabendo o que ele diz de mim pelas costas, retribuirei o abraço sem nada dizer.” Dizia-nos aquele homem nobre.
Não negava que a atitude do amigo o incomodava, mas, em momento algum se deixou levar pelo ódio, pela mágoa ou pelo desejo de vingança.
Quem não gostaria de ter um amigo assim?
Sem dúvida, ter amigos de verdade é o que todos desejamos, mas nem sempre nos propomos a ser amigos verdadeiros.
Perdoar um amigo significa dar-lhe uma prova de amizade, pois quando cometemos algum deslize desejamos que, pelo menos os amigos, nos entendam e nos estendam a mão.
Mas, infelizmente, nem sempre agimos com os amigos da maneira que gostaríamos que eles agissem conosco.
E, no momento que ouvíamos aquele amigo de verdade mostrar tamanha compreensão para com o seu caluniador, lembramo-nos de Jesus.
Quando Judas chegou, trazendo os guardas romanos para prendê-lo, Jesus dirigiu seu olhar compassivo ao traidor e lhe perguntou: “a que vieste amigo?”.
Jesus não só perdoou o amigo infeliz, como também compreendeu a sua miséria moral.
Em outro momento, quando Pedro negou que o conhecia, pela terceira vez, e se desesperou ao perceber que Jesus o observava sereno, por entre as grades da prisão, o mestre o consola: “Pedro, os homens são mais frágeis que verdadeiramente maus.”.
Certamente um afago que Pedro jamais esqueceria…
Um amigo de verdade, diante dos maus passos dos amigos, age com compaixão, com piedade, com tolerância, com benevolência…
São amigos assim que fazem falta no mundo…
Um amigo que olhe nos olhos, sem nada pra esconder…
Um amigo que defenda o seu amigo ausente diante de comentários maldosos…
Um amigo que não tenha medo de dizer que é amigo…
Que não sinta vergonha de admitir que está com saudades…
Que ligue tarde da noite só pra saber se o amigo está bem, porque teve um sonho ruim com ele e quer se certificar de que foi apenas um sonho…
Por tudo isso, vale a pena pensar um pouco sobre esse tesouro que se chama amizade.
E é sempre bom lembrar que não se consegue construir amizades sólidas em bases falsas e mentirosas.
Se você acha bom ter um amigo de verdade, lembre-se de que não se pode só desejar amigos assim, é preciso ser um amigo verdadeiro.
***
Amigos são como flores nobres semeadas ao longo do nosso caminho, para que possamos aspirar perfume em todas as estações.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em fato ocorrido com Raul Teixeira.
Texto do Momento Espírita impresso do site: momento.com.br
Site:  Luz do Espiritismo – Grupo Espirita Allan Kardec