“Dizes confiar no
poder do Cristo, mas, se o dia aparece em cores contrárias à tua
expectativa, demonstras deplorável indigência de fé na inconformação ”. (
Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier, no item 125, do livro
“Fonte Viva”).
Quando afirmamos ser cristãos estamos informando a nossa convicção em seguir as lições de Jesus Cristo.
O discípulo segue o mestre porque aceita e concorda com a
doutrina que ele apregoa. Tem certeza sobre as verdades que ensina,
sobre as lições que apresenta, sobre o roteiro de vida que segue.
Na questão específica sobre Jesus, o guia e modelo enviado por
Deus para que os homens possam segui-Lo, em busca da paz e da
felicidade, no contexto do corpo da sua inquestionável e absoluta
Doutrina, nada ocorrerá à criatura humana que não seja o bem, o belo e o
nobre.
Se algo não sai como prevíamos, se acontecimentos infelicitam a
nossa vida, se ocorrências em desalinho pintam os nossos dias com cores
negras e se dores e sofrimentos atormentam os nossos corações,
obviamente, nada disso procede do patrimônio espiritual do Cristo, mas
sim das leis de causa e efeito, de ação e reação, que são manejadas,
livremente, pelas nossas deliberações e escolhas.
O mestre ensina o discípulo, não o escraviza. Orienta, mas jamais
impõe. Exemplifica, sem exigir que se faça como ele, por enquanto.
Assim, o aprendiz, dentro de suas possibilidades e capacidade de
aprendizado, vai absorvendo conhecimentos, fazendo uso da liberdade nas
suas prerrogativas.
Então, se somos, verdadeiramente cristãos, em hipótese alguma
podemos apresentar indignação, revolta ou inconformismo ao nos
defrontarmos com situações infelizes que se originaram das escolhas que
fizemos. O Cristo ensinou o correto, mas preferimos fizer do nosso
jeito. Daí, obviamente, os resultados adversos.
Jesus não tem culpa se ainda não sabemos utilizar corretamente a
lei de ação e reação. Se ainda não nos preocupamos em aprofundar
reflecções sobre a lei de causa e efeito. Ação equilibrada,
espiritualizada, rende reações da mesma natureza. Causa em consonância
com os padrões da dignidade, refletem efeitos com o mesmo teor e
conteúdo. Jesus- o Mestre- ensina, já o discípulo, tem a liberdade de
decidir o seu caminho, de acordo com o pensa, entende e tem capacidade
de realizar.
Então, sejamos cristãos, convictamente, e não atribuamos a Jesus
ou à falta de Sua assistência e proteção, os fracassos que invadem as
nossas vidas com os seus roteiros de decepções, enganos e ilusões.
Não vale e nem adianta procurarmos culpados para as nossas
mazelas, uma vez que elas, invariavelmente, decorrem das ações humanas e
não divinas.
Permaneçamos firmes da fé, na convicção, na certeza de que temos
tudo o que precisamos para realizarmos o melhor aqui na Terra. Ainda,
não descuidemos do imprescindível aprendizado sobre as lições do Cristo e
avancemos destemidos, na rota de progresso e prosperidade espiritual
que traçamos.
Se Jesus disse “vinde a mim vós que sofreis que eu vos aliviarei”
(Mateus 11:28), por certo, não existirá outro caminho. Qualquer outra
direção escolhida será, sem dúvida, a via do naufrágio.
Pensemos nisso...
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